Disque-denúncia do RN ganhará nova estrutura e mudará de número
Em breve, os norte-rio-grandenses interessados em fazer denúncias anônimas de crimes como tráfico de drogas, abusos de autoridade policial, assaltos a residências roubo de cargas e homicídios deverão discar 181 no terminal telefônico. Esta é apenas uma das mudanças que serão feitas até fevereiro pelo Disque-Denúncia no Rio Grande do Norte, a central telefônica da Secretaria de Segurança Pública (Sesed), que garante sigilo absoluto e anonimato às investigações. Atualmente os agentes atendem pelo 0800-084-2999. Além da mudança de número, o órgão quer se reestruturar, otimizar o programa de computador que registra as ocorrências e mudar de prédio. Atualmente o Disque-Denúncia conta com uma central que funciona num prédio comercial do bairro de Candelária. É inadequado. O contrato de locação termina em dezembro e o Governo do Estado não vai renová-lo. Pretende instalar o serviço num prédio próprio no centro da cidade, a antiga sede do Instituto de Previdência(IPE). O subsecretário de segurança pública do Estado, Airton Ferraz, comenta que o prédio não é o ideal. “No novo prédio ficará instalada a parte administrativa, o centro de inteligência e também o Centro Integrado de Operações de Segurança Pública (Ciosp). A Sesed e seus anexos também vão mudar para lá”, disse. “Vamos adequar a estrutura do órgão para melhorar seu funcionamento”. O Disque-Denúncia conta com sete policiais, civis e militares, que se revezam durante 24 horas por dia, sete dias por semana. Um coordenador e a manutenção de informática completam o quadro de pessoal. “Precisamos melhorar a qualidade do nosso trabalho, ter melhores condições técnicas e organizar o funcionamento. Da forma como está nós damos conta, mas podemos melhorar”, afirmou o coordenador do centro de inteligência, que prefere não se identificar pela natureza sigilosa de sua ocupação. O órgão recebe denúncias de todo o Estado, inclusive da região de Mossoró, que tem um Disque Denúncia próprio. “As demandas chegam para a gente,registramos e, de acordo com a urgência de cada caso, encaminhamos às delegacias especializadas ou as delegacias do interior, ou para a Polícia Militar, no caso de ocorrências que estejam acontecendo no momento da ligação”. Criado em 1995, o software usado no setor é de 2006. “A ideia é facilitar o trâmite das denúncias feitas pelas pessoas nas ruas. Ao invés de receber a denúncia, imprimir e enviar às delegacias, o ideal é que tudo seja informatizado”. A implantação não vai gerar despesas ao governo. O novo programa será fornecido pela Polícia Civil do Distrito Federal, que disponibiliza o software para todo o país. Além de mudar de prédio, atualizar o software e instalar a central em cabines de atendimento, o Disque-Denúncia também precisa de mais recursos humanos. “Queremos oferecer capacitação para nossos agentes”.
Tráfico de drogas
Cerca de 90% das denúncias que chegam ao setor são de tráfico de drogas. Os dados estatísticos do Disque-Denúncia, assim como os do Ciosp servem para que a polícia organize ações integradas e monte operações com bandados de busca e apreensão e de prisão. “O que nos prejudicam são os trotes”. O coordenador avalia como bom o grau de eficiência das denúncias, que resultam em prisões e posterior processos judiciais
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